Ano passado eu estava procurando algo diferente dentro da fotografia sensual. Algo que fugisse ao convencional “sensual indoor” e onde fosse possível dar asas a criatividade, trabalhar texturas, sentidos e ter uma pegada mais artística.

Foi ai que conheci a fotografia low key e os bodyscapes, junto com o desafio de estudar flash, modificadores e fotografia em estúdio.

Mas enfim, o que é o low key?

Pois bem, low key é uma técnica fotográfica onde usa-se a luz dura incidindo diretamente sobre o objeto ou pessoa fotografada para assim criar sombras e alto contraste que traz um tom ora dramático, porém delicado para as imagens, realçando formas e detalhes.

Do lado oposto ao low key, temos o high key, imagens com muita luz suave e expandida iluminando objeto e fundo e eliminando por completo a existência de sombras.

Ao mesmo tempo que a sombra esconde, a mudança brusca entre sombra e luz realça detalhes e formas, criando verdadeiras paisagens compostas pelas curvas do corpo. É aí que entra os Bodyscapes.

A palavra Bodyscape é uma brincadeira com Landscape que, em inglês, significa paisagem, ou seja,  as curvas do corpo formam paisagens como montanhas e planícies no horizonte.

Fazer Bodyscapes é fazer poesia com o corpo e, através de suas curvas, criar imagens que passem sentimentos ao expectador.

Minhas primeiras experiências com low key foram ainda bem rudimentares, montando a estrutura no quarto de uma locação. Apenas um flash, fundo preto, um octabox com as laterais cobertas para improvisar um stripbox e muita tentativa e erro.

Mas mesmo no improviso o resultado foi bem razoável, fazendo eu me apaixonar por esse tipo de fotografia.

Estudando um pouco mais tomei coragem de encarar um estúdio mesmo, fazer foto usando 3 flashs, softbox, stripbox, modificadores parabólicos, rebatedores e tapadeiras. Hoje queria ter espaço para ter meu próprio estúdio em casa e passar horas brincando com a luz! Rsrs

E a obrigatoriedade de estudar luz de maneira mais aprofundada acabou melhorando bastante minha fotografia tradicional.

Hoje uso flash na maioria das minhas fotos. Crio a luz que eu quero e não fico refém de condições climáticas e entradas de luz na locação.

Como eu disse, fazer Bodyscapes para mim é uma válvula de escape para criar livremente e desopilar da rotina corrida do dia a dia.

Quer fazer parte dessas paisagens?

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Cadu Batista